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Apartamento Rio de Janeiro

HISTÓRIA DO LEBLON
Das Terras do Le Blond, o louro, o Leblon




Para facilitar a comunicação com os cariocas, o tal sujeito, cujo sobrenome ninguém mais lembra dono de terras que se estendiam das atuais Avenida Bartolomeu Mitre até o antigo Hotel Leblon, localizado bem no início da Avenida Niemeyer - se apresentava como Le Blond, cujo o significado, ao pé da letra, quer dizer louro. A língua do povo enrolava um pouco daqui, um pouco dali e saía do jeito que dava. Existem depoimentos feitos em registros de pessoas que se referiam ao francês como um homem bondoso, carinhoso. Fica, então, uma certeza: as terras do senhor Le Blond passaram a ser conhecidas como Le Bom e, finalmente, Leblon. Até porque, antevendo a sua história, o povo parecia saber muito bem que os louros continuariam sendo minoria por aqui... Até o final do século passado, o que hoje representa um dos solos mais cobiçados do país, sem duvida, um dos mais charmosos da cidade era nada mais que um imenso areal coberto de pitangueiras e carente de água potável. Mas, historias a parte, pela característica do senhor francês bondoso, simpático do jeito que era, como bom carioca que é, João Fontes decreta: - Ele tinha a cara do Leblon. Era o homem certo no lugar certo. O resto...



Uma ilha que virou bairro
Até o final do séc. XIX e inicio do séc. XX, o Leblon praticamente não existia como bairro. Ironia para um lugar que tanto se orgulha de seu Rio Cidade, seu astral e atrativos naquela época eram de difícil acesso. Quase uma ilha mesmo, já que as águas da Lagoa Rodrigo de Freitas juntavam-se ao mar onde é hoje o Jardim de Alah. Ali se formavam a barra da lagoa entre um canal amplo de travessia difícil, até mesmo para os aventureiros mais despojados de medo e com físico avantajado, e outro, o da rua de Visconde de Albuquerque. Bem diferente do que é hoje, esse canal era repleto de lagostas e camarões e sua água era limpa e cristalina. Em 1918 acontece a primeira ligação com Ipanema através da Avenida Delfim Moreira. O acesso foi feito pela praia. O Leblon, por causa dessa dificuldade de travessia ou ligação, como sempre fizeram questão de frisar os engenheiros da época, ficou atrasado em relação aos seus vizinhos: Ipanema e Copacabana. Isso porque (pasmem!) o bonde, primeiro puxado a burro, e depois a energia elétrica, a conhecida Light, só ia até a vizinha Ipanema. O Leblon, com certeza, queria recuperar o tempo perdido.

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E a origem de tudo, se é possível chegar até lá..... é contada aqui pelas historias do povo e pelo historiador, pesquisador e professor Milton Teixeira. Toda região da orla, isto é, do Leme ao Leblon, pertencia a um português chamado Afonso Fernandes e à sua mulher Dona Domingas Fernandes. Desgostosa com a viuvez, ela doou a imensidão de terras em 1666 para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Essas terras foram depois entregues a um fazendeiro chamado Sebastião Fagundes Varela, que criava gado e acabou aumentando sua fortuna - que não era pequena , já que também era proprietário de terras que se estendiam do Humaitá à Lagoa Rodrigo de Freitas. E, segundo Milton Teixeira, a vingança, veio a cavalo, já que um dos predicados do tal homem não era o caráter. - A vingança veio a cavalo.

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Em 1702 a neta dele herdou tudo. Era uma senhora cinqüentona e solteira. Foi aí que um capitão da cavaria de 18 anos chegou e casou coma tal mulher. Esse foi, sem duvida, um dos mais bem golpes do baú da historia brasileira - diverte-se Milton. - As terras novamente foram vendidas à Aldonsa da silva Rosa, uma mulher que , ironia à parte, seria a perfeita encarnação da garota de Ipanema. Anos depois, ela vendeu as terras para o tal francês bonachão, charles Le Blond, em 1809. O menino do Rio da época, digamos assim pelo despojamento de suas ações e atitudes, tinham uma empresa de pesca chamada Aliança. Em 1836 ele vendeu sua parte naquele latifúndio ao tabelião Francisco José Fialho. Fialho loteou aquele mundão de terras e vendeu o que estaria localizado entre os postos cinco e seis, em Copacabana e toda Ipanema , para o conhecido barão de Ipanema. Já a região correspondente ao Leblon , ficou com o português José de Seixas Magalhães , figura admirável. O século já raiava e o bairro continuava sendo uma espécie de apêndice da gávea. Mas a coragem de desbravadores que acreditam no potencial do bairro iniciaram a abertura de ruas que, mesmo tímidas, acabaram sendo o pontapé inicial para a ocupação

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